terça-feira, 23 de abril de 2013

Saudade do que já passou



Ainda me recordo, de quando tinha meus 6 anos de idade, tudo era mais fácil, minha maior dificuldade era ter que pintar todos os desenhos que a professora passava no caderninho da alfabetização.
  
  Me lembro bem, nos finais de semana que íamos pra casa de minha avó, que era bem perto da minha cidade, eu sempre fui muito chata, e perguntava de minuto em minuto pra minha mãe se já tínhamos chegado, ficar sentada o tempo todo era chato, e minha única diversão era olhar pela janela do carro, e ver a paisagem que passava depressa em meus olhos.
  
Quando chegávamos, eu ia correndo atrás de comida, minha avó já era acostumada comigo, e minha gula. Meus primos iam me chamar pra brincar e tomar banho no quintal da casa deles, pra mim aquilo era perfeito, não ligávamos com o luxo, nem com os gritos que nossas mães nos davam por ter sujado toda roupa.

  Não tínhamos acesso a celular nem computador, a diversão mesmo, era os bolinhos de barro, e as cabanas de lençol que fazíamos, dizendo que era nossa casa, e por eu ser a mais nova da família, eu sempre era a filha caçula da minha prima mais velha.

  Meu Deus, que tempo bom, hoje já não tenho mais tempo pra nada, eu nunca iria saber que ser criança é a melhor coisa do mundo, que corações partidos iria  existir a partir de um certo tempo, que eu iria estudar trigonometria e que eu teria que tomar total responsabilidade com tudo. Eu nunca pensaria que o mundo fosse tão difícil pra “gente grande” e que por mais que você se esforce no serviço, ninguém vai vim passar a mão  na sua cabeça e dizer: Parabéns, continue assim.
   
  Como eu queria poder voltar a ser criança novamente, mas já que não posso, vou ficando aqui com as lembranças da melhor infância do mundo.

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